A Pateira
Lagoa Encantada
Biodiversidade
A Pateira de Fermentelos é a maior lagoa natural da Península Ibérica e um símbolo da Região de Aveiro e do país. É um espaço de elevada importância pela sua biodiversidade e, também para além do grande valor sociocultural e económico que representa, permeia com a sua beleza os concelhos de Águeda, Aveiro e Oliveira do Bairro. Ver maisA visitar
A Lagoa da Pateira
Imersos na natureza
Nesta região de campos baixos e verdes magníficos onde as cortinas de arvoredos compõem belas paisagens, são diversas as atividades passiveis de se realizar em contacto com a natureza, com as tradições locais e com dinâmicas culturais típicas. Sozinho ou em família, de bicicleta ou a pé, além Pateira, destacam-se alguns pontos de referência a visitar. Ver maisA descobrir
Sabores e experiências
Gastronomia da Bairrada
A hospitalidade, a gastronomia e a animação marcam também um aspeto positivo característico da região onde se insere a Pateira. São diversos os espaços na sua envolvente que convidam à pernoita, à degustação de pratos e da doçaria regional. A lampantana, o leitão à bairrada, ou os fuzis e os pastéis de Águeda são iguarias que se distinguem e demarcam este território. A música, a recreação histórica, festas tradicionais e romarias completam esta atmosfera mágica trazendo animação e cultura às margens ribeirinhas. Ver maisGuarda-rios
Alcedo atthisAve com 17 a 19 cm de comprimento. De aspeto atarracado, cabeça grande e bico comprido. De patas curtas e vermelhas. Plumagem de cores vibrantes. Cabeça e asas de cor azul-esverdeado. Costas e cauda azul-claro brilhante. Face ventral e peitoral de cor laranja. Espécie residente, encontra-se dispersa por todo o país, frequentando cursos de água. Evita as zonas montanhosas e elevadas, muito acidentadas e humanizadas. Constrói o ninho numa barreira perto de água. Este é uma galeria estreita, com cerca de 1 m, escavada sobretudo pelo macho. Vê-se frequentemente poisado em ramos, sobre a água, de onde observa as suas presas antes de se lançar num rápido mergulho sobre estas. São sobretudo pequenos peixes, mas por vezes invertebrados aquáticos. Anexo I da Diretiva Aves, anexo II da Convenção de Berna. VU (Vulnerável – IUCN)Voltar
Rela-comum
Hyla molleriPequeno anfíbio, entre os 3 e os 6 cm de comprimento. Pele lisa e brilhante, com coloração verde vivo e com uma banda lateral escura desde o orifício nasal à extremidade dos membros posteriores. Dedos em forma de ventosas, sendo boa trepadora. Encontra-se ativa todo o ano, mas sobretudo na primavera. De hábitos trepadores, pode encontrar-se no cimo de ervas altas, arbustos ou pequenas árvores, em locais com alguma humidade e perto de água, onde se reproduz. Da sua dieta fazem parte diversos tipos de invertebrados como insetos (formigas, percevejos) e aranhas. anexo II da Convenção de Berna e Anexo B-IV da Diretiva Habitats. LC (Pouco preocupante – IUCN)Voltar
Libélula-escarlate
Crocothemis erythraeaEspécie muito comum, de origem africana, mas que se generalizou pelo Mediterrâneo e por outros países do sul da Europa. O macho tem os olhos vermelhos com a parte inferior azulada. Corpo vermelho vivo, robusto e de patas vermelhas. Asas com mancha basal e nervuras da costa vermelhas. O rosto é igualmente vermelho. As fêmeas e os machos imaturos são cor de areia ou dourados. Têm um tamanho corporal de 3,6 a 4,5 cm. Observam-se de abril a outubro, ocorrendo em todo o tipo de águas paradas ou lentas. Na fase adulta (terrestre), alimentam-se de pequenos insetos que capturam em voo. LC (Pouco preocupante - IUCN)Voltar
Peneireiro-vulgar
Falco tinnunculusFalcão de tamanho médio, com 31 a 37 cm de comprimento e 68 a 78 cm de envergadura. Asas pontiagudas e cauda comprida, bico curto e forte. Macho e fêmea apresentam evidente dimorfismo sexual, sendo a última de dimensões maiores e menos colorida. Ambos possuem o dorso cor de ferrugem, bastante salpicado de preto, com a extremidade das asas escuras. A cauda da fêmea é listada, enquanto o macho apresenta uma cauda e nuca lisas, de cor cinzento-azulado, contrastando bastante com a tonalidade do dorso. O peito do macho é menos salpicado, parecendo mais liso que a fêmea. Espécie comum e residente, mais frequente em zonas agrícolas e nas imediações de aglomerados urbanos. Constrói o ninho em árvores ou em buracos de edifícios. A sua dieta compõe-se de roedores e insetos. Anexo II do CITES, anexo II da Convenção de Bona. LC (Pouco preocupante – IUCN)Voltar
Garça-vermelha
Ardea purpureaAve de grande tamanho, com quase 1,5 m de envergadura e 70 a 90 cm de comprimento, de plumagem cinza-escuro com tonalidades rosadas e púrpura. Bico amarelo e comprido, que utiliza para “arpoar” as presas. Longas pernas amareladas e pescoço comprido. É um migrador que nos visita de março a agosto, sendo na região de Aveiro que se localiza grande parte das colónias reprodutoras em Portugal. Frequenta zonas com grande densidade de canaviais, criando em colónias, ao nível da água. Alimenta-se de peixes, rãs e insetos. Anexo I da Diretiva Aves, anexo II da Convenção de Berna e anexo II da Convenção de Bona. LC (Pouco preocupante – IUCN)Voltar
Libélula-de-banda
Brachythemis impartitaEspécie sobretudo africana que, nas últimas décadas, ocupou partes da Península Ibérica e alguns pontos do Mediterrâneo. Tem um tamanho que varia dos 2,5 a 3,4 cm. O macho é escuro, facilmente reconhecido pelas largas bandas negras a meio das asas A fêmea é clara, castanho-claro, com linhas abdominais escuras e sem as bandas alares negras. Ocorre a baixas altitudes, em lagos e barragens, com margens desprovidas de vegetação, arenosas ou arrelvadas. Observa-se de maio a setembro. Voa ao nível do solo ou da água, junto das margens, poisando igualmente no chão ou nas plantas rasteiras. Tem o hábito de seguir o gado ou as pessoas para capturar os insetos perturbados. LC (Pouco preocupante - IUCN)Voltar
Salamandra-de-pintas-amarelas
Salamandra salamandraDe aspeto inconfundível, grande e de coloração preta e amarela, atinge um comprimento de 15 a 17 cm. De distribuição generalizada, evita as zonas mais áridas. Apresenta atividade sobretudo noturna e principalmente na primavera e no outono, em noites tépidas e húmidas. A fase larvar é aquática, mas, na fase adulta, são maioritariamente terrestres. Segrega uma substância tóxica nas suas glândulas salivares, sendo o seu principal meio de defesa contra os predadores. Alimentam-se de invertebrados diversos, caracóis e lesmas, minhocas, larvas de escaravelhos, opiliões e aranhas. Anexo III da Convenção de Berna. LC (Pouco preocupante – IUCN)Voltar
Raposa
Vulpes vulpesÉ um dos carnívoros mais comuns em Portugal e no resto do mundo. Inconfundível com a sua pelagem castanho-arruivada, focinho pontiagudo, orelhas compridas e cauda igualmente longa e espessa, com a ponta branca. A garganta e o ventre são claros. Olhos com pupila vertical. Os machos, maiores que as fêmeas, chegam a ultrapassar os 8 kg. Ocorre numa grande variedade de habitats, criando as crias numa toca. Está ativa sobretudo à noite, mas também tem alguma atividade diurna. O seu método habitual de caça é por salto e emboscada, confiando no seu olfato e audição extremamente apurados. É um predador oportunista e omnívoro, demonstrando uma grande adaptabilidade às circunstâncias, podendo consumir frutas da época, roedores, aves, insetos, répteis, anfíbios, animais mortos, etc. LC (Pouco preocupante – IUCN)Voltar
Texugo
Meles melesÉ um carnívoro algo corpulento, atingindo 1 m de comprimento e 16 kg de peso. As patas são curtas, bem como a cauda e as orelhas. O corpo tem uma coloração acinzentada. A cabeça é branca, mas com duas listas negras laterais que cobrem os olhos e se estendem para lá das orelhas. As garras são robustas e longas. É uma espécie relativamente comum, mas pouco observável devido aos seus hábitos noturnos. Habitualmente solitária, mas pode formar grupos familiares. Ocorre em diferentes tipos de bosques e áreas abertas, sejam de influência atlântica ou mediterrânica. Aparece ainda em zonas agrícolas. Usa as longas garras para escavar tocas onde habita ou para procurar alimento, recorrendo ainda ao apurado olfato e à audição, já que a sua visão é bastante deficiente. Alimenta-se de frutos silvestres, bolotas, cogumelos, rizomas, tubérculos, caracóis e lesmas, minhocas, répteis e anfíbios. Tem uma particular preferência por mel, desenterrando os favos de colmeias que descobre. Também pode consumir crias de roedores. Anexo III da Convenção de Berna. LC (Pouco preocupante – IUCN)Voltar
Lagartixa-do-mato
Psammodromus algirusDe tamanho médio, atinge os 25 a 30 cm de comprimento total. Corpo acastanhado, com uma coloração alaranjada junto às patas posteriores. Encontra-se habitualmente ativa da primavera até ao outono. A sua dieta é composta por diferentes tipos de invertebrados. Em caso de perigo recorre à fuga, aplicando as suas capacidades trepadoras e de libertação da cauda. Alimentam-se de insetos adultos e das suas larvas, assim como de aranhas. Com distribuição limitada ao Sudoeste da Europa e Norte de África, ocorre numa grande diversidade de habitats. LC (Pouco preocupante – IUCN)Voltar
Coma
Polygonia c-albumBorboleta com uma envergadura de 4 a 5 cm. Recorte alar inconfundível. Possui um “c” branco na face inferior da asa posterior. De tonalidades alaranjadas na face superior, com pequenas manchas pretas. Uniformemente acastanhada na face inferior. A lagarta alimenta-se de urtigas, abrunheiros, ulmeiros, choupos, aveleiras, etc. Os adultos observam-se de junho a setembro. Hibernam, reaparecendo em março/abril. Ocorre em clareiras de bosques, frequentemente em locais húmidos. LC (Pouco preocupante - IUCN)Voltar
Rã-verde
Pelophylax pereziRã de grande tamanho, pode atingir os 10 cm de comprimento. A sua coloração é variável, verde e castanha, com uma lista dorsal verde-clara. Pele lisa ou rugosa. Olhos grandes e proeminentes, com pupila horizontal. De distribuição circunscrita à Península Ibérica e sul de França. Observa-se durante quase todo o ano, excetuando os meses mais frios, ocorrendo em todo o tipo de águas-doces, desde albufeiras, lagoas, cursos de água, pequenas charcas temporárias e tanques ou poços. Na sua dieta inclui artrópodes (insetos, aracnídeos, crustáceos de água doce) e moluscos, entre outros. Anexo III da Convenção de Berna e anexo V da Diretiva Habitats. LC (Pouco preocupante - IUCN)Voltar
Cobra-de-água-viperina
Natrix mauraCobra de tamanho médio, medindo de 60 a 130 cm de comprimento. De coloração variável, castanho, cinza, verde ou amarelada. Dorso escuro com machas que por vezes se alinham em zig-zag. Os flancos podem apresentar manchas redondas, amarelas ou verdes. Ventre amarelo ou laranja. Pupila redonda. De atividade diurna, desde a primavera ao início do outono, hibernando na época fria. Boa nadadora, ocorre junto da água, onde captura parte das suas presas, invertebrados, anfíbios, peixes e micromamíferos. Anexo III da Convenção de Berna. LC (Pouco preocupante – IUCN)Voltar
Álveola-branca
Motacilla albaEsta é uma pequena ave que mede habitualmente 19 cm de comprimento. De fácil identificação, com um típico padrão escuro na cabeça, garganta e dorso, que contrasta com o branco no peito e abdómen, assim como nas faces. A cauda e as patas são compridas e evidentes. Passa bastante tempo no solo, baloiçando a cauda, um comportamento bastante típico da espécie. Residente, observa-se ao longo do ano, sobretudo em espaços abertos, terrenos cultivados, zonas urbanas, jardins, estradas, etc. Constrói o ninho em muros de pedra, debaixo de telhas, no meio de trepadeiras, debaixo de pedras, etc. Alimenta-se de insetos. Anexo II da Convenção de Berna. LC (Pouco preocupante – IUCN)Voltar
Lontra
Lutra lutraEste emblemático mamífero carnívoro de hábitos aquáticos está presente em grande parte dos recursos aquáticos do país e pode-se observar durante o dia, apesar da sua atividade ser predominantemente noturna. Com um tamanho que pode ultrapassar 1 m de comprimento (com a cauda) e pesar entre 5 e 14 kg. O seu corpo está perfeitamente adaptado à natação, com uma pelagem densa, impermeável e acastanhada, patas com membranas interdigitais, nariz e visão adaptada à submersão e cauda propulsora. A garganta e parte do peito têm uma pelagem de coloração mais clara. O focinho está equipado com “bigodes” (vibrissas), que a auxiliam na captura das presas em águas turvas ou escuras. Alimenta-se sobretudo de peixes, mas também pode capturar lagostins, anfíbios e cobras-de-água, roedores e insetos. Constrói uma toca na margem dos cursos de água, que utiliza para descansar durante o dia e para dar à luz, de uma a cinco crias. Anexo I A do CITES, anexo II da Convenção de Berna, anexos B-II e B-IV da Diretiva Habitats, anexo I da Convenção de Bona. NT (Quase ameaçada – IUCN)Voltar
Lagarto-de-água
Lacerta schreiberiLagarto de tamanho médio, com um comprimento entre os 25 e 40 cm. De corpo esverdeado, mas com evidente dimorfismo sexual. O macho diferencia-se por apresentar a cabeça azulada durante a época reprodutiva, enquanto a da fêmea é de cor cinzenta. Endemismo do NW da Península Ibérica e do Sistema Central. Habita zonas mais frescas e húmidas, em habitats associados a cursos de água e coberto vegetal denso. Alimenta-se de pequenos invertebrados, como moscas, gafanhotos, escaravelhos e aranhas. Tal como o nome sugere, este lagarto não hesita em atirar-se à água e nadar em caso de perigo. Anexos B-II e B-IV da Diretiva Habitats e no Anexo II da convenção de Berna. NT (Quase ameaçado – IUCN)Voltar
Borboleta-zebra
Iphiclides feisthameliiÉ uma borboleta grande, com uma envergadura de 5,5 a 8 cm. Cor de fundo branco-acinzentado, marcas pretas lineares dispostas ao longo das asas. Os bordos interiores das asas posteriores mostram ainda uma pequena mancha bicolor (azul/negro) decorada ainda com uma tonalidade alaranjada. Exclusiva do sudoeste da Europa, ocorre em áreas arbustivas, clareiras de bosques, prados, encostas rochosas, pomares de pereiras, pessegueiros, abrunheiros, espécies das quais as suas lagartas se alimentam. Os adultos voam de fevereiro a dezembro. LC (Pouco preocupante - IUCN)Voltar
Pernilongo
Himantopus himantopusAve elegante, de plumagem branca com asas pretas (preto no macho e com tonalidades castanhas na fêmea), nuca preta, bico preto comprido e pontiagudo. As patas cor-de-rosa ou avermelhadas, muito compridas, são uma característica identificadora. Tem um comprimento total de 33 a 36 cm (da ponta do bico à ponta da cauda). É uma espécie residente. Alimenta-se de insetos e outros invertebrados aquáticos, que captura à superfície ou debaixo de água, nos estuários e lagoas. LC (Pouco preocupante – IUCN)Voltar
Geneta
Genetta genettaEste é um carnívoro de médio porte, com corpo alongado e esbelto (46 a 52 cm), cabeça pequena com focinho pontiagudo, grandes orelhas e cauda comprida (40 a 52 cm) e grossa. A pelagem é acinzentada, com manchas escuras distribuídas pelo corpo. A cauda está decorada com anéis escuros e claros alternados. As patas anteriores são muito mais curtas que as posteriores, sendo uma clara adaptação ao salto, a sua principal técnica de caça. Exclusivamente noturna e de hábitos arborícolas e solitária, ocupa preferencialmente bosques onde haja também muita vegetação arbustiva. A sua dieta é generalista, capturando sobretudo pequenos roedores, por vezes aves, répteis e anfíbios, peixes e lagostins. Também não despreza alguns invertebrados e pode mesmo adotar uma dieta vegetal em caso de escassez das presas habituais. Faz um ninho em troncos de árvores, fendas de rochas ou em tocas. Anexo III da Convenção de Berna, anexo B-V da Diretiva Habitats. LC (Pouco preocupante – IUCN)Voltar
Gaio
Garrulus glandariusAve de tamanho médio, mede 35 cm de comprimento e as asas atingem uma envergadura de 54 a 58 cm. A sua plumagem é colorida, de tons salmonados, garganta branca, “bigode” preto, cauda preta e algo comprida, asas escuras com ombros azulados. De bico escuro e forte. É uma ave desconfiada e atenta, soltando um grito rouco quando deteta um intruso ou um predador. As suas faculdades vocais dão-lhe a capacidade de reproduzir sons de outras aves. Cria em árvores, de diferentes tipos de bosques, inclusive em grandes parques urbanos. É uma espécie residente e a sua alimentação é omnívora, compondo-se de frutos, como bolotas, que armazena (esconde) numa vasta área durante o outono, para consumir durante o inverno. Contudo, apesar de possuir uma boa memória, parte dessas bolotas não são encontradas, dando, muitas delas, origem a novas árvores. Anexo II da Diretiva Aves. LC (Pouco preocupante – IUCN)Voltar
Esquilo-vermelho
Sciurus vulgarisRoedor arborícola inconfundível, com uma pelagem castanho-avermelhada ou castanho-escura, sobressaindo o abdómen e peito brancos. Evidencia ainda uma cauda comprida e farfalhuda (com cerca de 20 cm), orelhas compridas e peludas. Com um comprimento corporal que pode chegar aos 25 cm, pode pesar entre 200 e 400 gramas. Ocorre em bosques de pinheiros ou carvalhos, que proporcionam os frutos secos de que se alimenta. Tal como o Gaio, armazena ou esconde parte destes frutos e sementes no solo, provocando a germinação de alguns deles, contribuindo para a regeneração da floresta. Mas também consome cogumelos, frutos frescos, insetos, caracóis, ovos ou crias de aves que pilha dos ninhos. Constrói um ninho nas árvores, parecido com os das aves. De hábitos diurnos, passam a maior parte do dia em atividade. No nosso território não hibernam. Anexo III da Convenção de Berna. LC (Pouco preocupante – IUCN)Voltar
Ouriço-cacheiro
Erinaceus europaeusÉ um insetívoro que pode pesar 1kg e alcançar um comprimento de 20 a 30cm. O focinho é pontiagudo e termina num nariz escuro. A cauda é muito curta. O corpo está coberto por longos e aguçados espinhos, que podem atingir 3cm de comprimento e que usa como defesa, enrolando-se numa bola e eriçando estas agulhas. Ocorre numa grande diversidade de habitats, preferencialmente nas imediações de áreas humanizadas próximas de bosques, zonas de pastagens e de silvados. Tem uma dieta generalista, que se compõe essencialmente de invertebrados. Mas também captura pequenas rãs e lagartos, crias de roedores. De igual forma, não despreza os frutos silvestres, sementes e cogumelos. É um animal solitário. Constrói um ninho de ervas e folhas ao nível do solo, mas também aproveita tocas abandonadas. Anexo III da Convenção de Berna. LC (Pouco preocupante – IUCN)Voltar
Garça-branca-pequena
Egretta garzettaÉ uma garça de tamanho médio, com 55 a 65 cm de comprimento e uma envergadura de asas de 88 a 106 cm. O pescoço é comprido, encolhido quando voa. A plumagem é totalmente branca e por vezes notam-se algumas plumas compridas na parte posterior da cabeça. O bico e as patas são pretos, mas os dedos são amarelos. Residente, pode ser observada durante todo o ano. Cria em colónias, construindo os ninhos em árvores, nas proximidades de zonas húmidas e rios. Quando se alimenta é geralmente uma ave solitária, embora, ocasionalmente, forme bandos esparsos. Consome peixes, rãs, insetos, etc. Anexo I da Diretiva Aves e anexo II da Convenção de Berna. LC (Pouco preocupante – IUCN)Voltar
Águia-sapeira
Circus aeruginosusDe asas e patas compridas, cabeça curta. A fêmea é notoriamente diferente do macho. Ambos exibem ombros e nuca mais pálidos que o restante corpo. O macho, no entanto, apresenta as asas acinzentadas com a ponta escura, assim como a cauda também é cinzenta, enquanto a fêmea apresenta um padrão mais uniformemente castanho-escuro. Tem um tamanho de 43 a 55 cm de comprimento e uma envergadura de asas de 115 a 140 cm. O voo é característico, ondulado e a baixa altitude, sobre as zonas alagadas e de vegetação rasteira densa. Trata-se de uma espécie residente que cria em zonas húmidas, de águas-doces pouco profundas, construindo o ninho em canaviais desenvolvidos. Captura pequenos mamíferos, aves e insetos. Anexo I da Diretiva Aves, anexo II da Convenção de Berna, anexo II do CITES, anexo II da Convenção de Bona. LC (Pouco preocupante – IUCN)Voltar
Garça-real
Ardea cinereaÉ a maior das garças que ocorrem em Portugal, atingindo 1 m de comprimento e uma envergadura de asas de 155 a 175 cm. A plumagem é cinzenta. Destaca-se pelo seu longo pescoço, bico amarelo, patas amareladas. Muito semelhante à Garça-vermelha, mas diferencia-se desta pela ausência de tons castanhos ou arruivados. Em voo o pescoço encontra-se recolhido e o batimento de asas é pesado e arqueado. Trata-se de uma espécie comum, ocorrendo em Portugal ao longo de todo o ano e surgindo associada a todo o tipo de meios aquáticos. Nidifica em colónias, construindo o ninho em árvores altas ou mais pequenas e em canaviais, dependendo da segurança do local. Alimenta-se de peixes, anfíbios, insetos, entre outros. LC (Pouco preocupante – IUCN)Voltar
Mocho-galego
Athene noctuaPequeno mocho, característico pela silhueta arredondada. As suas dimensões vão dos 23 aos 27 cm de comprimento. A cabeça é larga e arredondada. Apresenta uma plumagem acastanhada por cima e com pequenas manchas brancas. Por baixo é esbranquiçado, mas com pintas castanhas. De olhos amarelos. As suas vocalizações, fazem lembrar um latido. É uma ave relativamente comum e residente ao longo de todo o ano. Encontra-se em terrenos agrícolas com algumas árvores dispersas e em olivais. Constrói o ninho em buracos de árvores ou de edifícios, muitas vezes em ruínas, ou em amontoados de pedras. Alimenta-se de insectos, aves, pequenos anfíbios e cobras. Anexo II do CITES, anexo II da Convenção de Berna. LC (Pouco preocupante – IUCN)Voltar
Sapo-comum
Bufo spinosusO sapo de maior tamanho que ocorre em Portugal, podendo atingir os 22 cm de comprimento. É bastante comum. De coloração variável, mas de dominante castanha. Glândulas salivares bem desenvolvidas. Olhos grandes com pupila horizontal e íris alaranjada. De aspeto robusto, pele verrucosa com espículas. A fêmea é muito maior que o macho. De hábitos sobretudo noturnos e ativo do outono à primavera, ocorre em áreas agrícolas, hortas, florestas, jardins e prados. Regressa aos lagos, charcos e remansos das linhas de água para se reproduzir. A sua dieta é variada, composta por insetos adultos (escaravelhos, formigas, gafanhotos, borboletas), larvas e aranhas, complementada com caracóis e lesmas. Anexo II da Convenção de Berna. VU (Vulnerável - IUCN)Voltar
Cegonha-branca
Ciconia ciconiaÉ uma das mais emblemáticas aves da nossa fauna, reconhecida pela sua plumagem branca e preta, o característico bico vermelho, de pescoço e patas compridas. De grandes dimensões, com 95 a 110 cm de comprimento e 180 a 218 cm de envergadura de asas. Apesar da maioria das aves ser migradora, existe atualmente um considerável efetivo que se mantém todo o ano em território nacional. Cria em colónias, construindo o ninho nas árvores e em estruturas humanas. Alimenta-se em terrenos agrícolas, pastagens e prados, margens de lagoas e cursos de água, capturando rãs, insetos, cobras, pequenas aves, etc. Anexo I da Diretiva Aves, anexo II da Convenção de Berna e anexo II da Convenção de Bona. LC (Pouco preocupante – IUCN)Voltar
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ExplorAPPateira
Um Projeto Vencedor
O projeto ExplorAPPateira, foi uma iniciativa idealizado por um grupo de cidadãos, em resposta à necessidade de conservar, proteger e dinamizar um património natural bastante conhecido e estimado localmente: a Pateira de Fermentelos.Este projeto foi apresentado ao Orçamento Participativo de Portugal, tornando-se um dos seus vencedores na edição de 2018.